sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Rios Brasileiros

Amazonas, rio

O rio Amazonas corre pelo norte da América do Sul, em sua maior parte em território do Brasil; é o mais longo rio do mundo, uma vez que nasce no nevado Mismi, na cordilheira de Chila, nos Andes do sul do Peru, o que lhe dá uma extensão de quase 7.100 km.

Esse número ainda não é preciso, pois os geógrafos não chegaram a uma conclusão a respeito de qual de dois cursos de água, ambos nascidos no mesmo Nevado, é o verdadeiro ponto de partida.

Real extensão do rio

A real extensão do Amazonas foi estabelecida pela primeira vez pelo Instituto Geográfico Nacional do Peru, no início da década de 1980. Em 1994, uma expedição organizada pelos brasileiros Paula Saldanha e Roberto Werneck seguiu o curso do rio desde sua foz, no Atlântico, até sua nascente nos Andes, comprovando os dados dos geógrafos peruanos; e desde 1995 o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil tem analisado fotos de satélite da região, chegando à mesma conclusão.

Mais comprido do que o rio Nilo

Uma expedição organizada em 1986 pela National Geographic Society, dos Estados Unidos, tomando como nascente o curso de água que se origina no monte Huagra, já tinha calculado a extensão do Amazonas em 7.025 km, o que seria suficiente para reconhecé-lo como mais comprido que o Nilo e o Mississippi-Missouri.

Nascente do rio

O rio nasce com o nome de Apurimac a 5.500 m de altura, no departamento peruano de Arequipa, descendo as encostas da montanha até unir-se ao Urubamba, na divisa dos departamentos de Junín e Ucayali, para formar o rio desse nome; já na região das florestas equatoriais, o Ucayali se une ao rio Marañón (perto da cidade de Nauta, no departamento de Loreto) e forma o Amazonas peruano.

Rio Amazonas no Brasil

Ao entrar em território brasileiro o Amazonas é chamado de Solimões até 30 km a leste de Manaus, onde recebe as águas do rio Negro e recupera seu nome principal.

Nos 1.900 km desde sua nascente até a planície na selva peruana, o rio realiza uma descida de 5.440 m; nos 5.200 km restantes, até o Atlântico, o desnível é de apenas 60 metros.

Os 3.700 km desde a foz até Iquitos, na Amazônia peruana, são navegáveis para navios de grande calado. Se considerados seus principais afluentes e os trechos navegáveis por embarcações menores, a bacia amazônica representa uma rede de 25.000 km de vias fluviais.

Em seu percurso, o Amazonas recebe quase 7.000 afluentes, que em conjunto ocupam uma área de quase 4 milhões de quilômetros quadrados. Os sedimentos arrastados pelas águas totalizam 800 milhões de toneladas por ano, e esses fragmentos de montanhas andinas são carregados pela correnteza até 200 km dentro do Atlântico, indo depositar-se na costa da Guiana Francesa, frente a Caiena.

A variação média da altura das águas é de 10 m, entre a estação seca e a chuvosa, mas diante de Manaus essa diferença pode ser de 16 m, fazendo com que a distância entre as margens aumente de 13 para 50 km.

Na altura de Óbidos (PA), o Amazonas apresenta sua menor largura, com 1.800 m, mas ali também se registra a maior profundidade (50 m); sua vazão nesse ponto é de 200 mil metros cúbicos por segundo.
http://portalamazonia.globo.com/artigo_amazonia_az.php?idAz=294 22/08/08


Fonte: Enciclopédia Encarta
Portal Amazônia
2005